Praticar bronzeamento artificial aumenta o risco de desenvolver alguns
dos tipos mais comuns de câncer de pele, segundo estudo realizado pela
Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos. Os
riscos são maiores quanto mais jovem é a pessoa exposta ao bronzeamento,
apontam os cientistas.
A prática, diz a pesquisa, aumenta em 67% a chance de ter carcinoma
espinocelular, um dos tipos mais comuns de câncer de pele, que pode
aparecer nos lábios, couro cabeludo e outras partes do corpo. O
bronzeamento artificial também aumenta em 29% o risco de ter carcinoma
basocelular, considerado o tipo mais comum de câncer e que costuma
aparecer na cabeça e no pescoço.
Mulher em câmara de bronzeamento artificial (Foto: Evil Erin/Flickr - Creative Commons, by, 2.0)
Estudos anteriores já haviam demonstrado que o bronzeamento artificial aumenta o risco de aparecimento um dos tipos de câncer de pele mais agressivos em humanos,
o melanoma, que não é tão comum quanto os outros. Agora, o novo
levantamento indica a existência de vínculo com outros tipos de tumores.
Cerca de 170 mil casos anuais de cânceres de pele não vinculados ao
melanoma são registrados todo ano nos EUA, estimam os cientistas que
realizaram a pesquisa. O estudo foi publicado na edição online do
periódico "British Medical Journal", nesta terça-feira (2).
Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram uma gama de
análises clínicas divulgadas desde 1985, há 27 anos, com dados de cerca
de 80 mil pessoas em seis países diferentes. Segundo a autora do estudo,
Eleni Linos, professora de dermatologia da Universidade da Califórnia,
os números sobre tumores são "chocantes". "Milhares de tipos de câncer
todos os anos têm origem na prática do bronzeamento artificial", disse
ela na pesquisa.
Prática popular
Salões de bronzeamento artificial são populares nos EUA, segundo o
Instituto Nacional de Câncer do país. Em 2010, 5,6% da população
americana fez este tipo de bronzeamento em algum momento do ano. A
maioria dos clientes foram mulheres, ainda de acordo com o instituto.
Atualmente há 19 mil câmaras de bronzeamento artificial nos EUA,
afirmam associações empresariais citadas no estudo. Pessoas que são
expostas ao bronzeamento antes de 25 anos têm chance ainda maior de
desenvolver carcinoma basocelular, ainda de acordo com os cientistas.
Fonte Bem Estar
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/10/estudo-liga-bronzeamento-artificial-tipos-comuns-de-cancer-de-pele.html
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